sábado, 19 de setembro de 2009

Domínio de Referência 4

Sociedade:

  • Identifico diferentes modelos de sociedade e suas principais características.
  • Relaciono as transições dos modelos de sociedade com processos tecnológicos, económicos, culturais e políticos.
  • Analiso a sociedade como uma rede de agentes, grupos e instituições em permanente interacção.

Tecnologia:

  • Identifico diferentes estádios de evolução tecnológica na nossa capacidade de entender o Universo.
  • Compreendo a relação entre evolução tecnológica na capacidade humana de entender o Universo e a evolução social (por exemplo, o papel da máquina a vapor na evolução industrial, a água potável e a saúde).
  • Discuto os possíveis caminhos de desenvolvimento tecnológico e possíveis consequências no desenvolvimento social.

Ciência:
  • Reconheço que o Universo não é estático e está em evolução, mas que só a invariância de certos padrões físico-matemáticos torna o universo compreensível.
  • Compreendo as condições que permitiram a existência de vida na Terra e a sucessão das estações do ano tendo em conta a dinâmica do planeta na sua orbita.
  • Discuto, no quadro da evolução e a partir do facto de existir vida na Terra, a possibilidade de existirem outros mundos habitados e a invariância das leis matemáticas nesses mesmos mundos.

Domínio de Referência 3

Sociedade:
  • Identifico a diversidade de actores e valores presentes na controvérsia pública em torno de um dado assunto. (exemplo: co-incineração).
  • Reconheço a presença crescente da ciência e dos cientistas nessas controvérsias, bem como o uso recursivo do conhecimento científico por outros actores envolvidos.
  • Exploro relações diferenciadas com a ciência de actores e instituições várias de acordo com as suas posições ideológicas e tradições culturais.

Tecnologia:
  • Identifico os processos tecnológicos associados ao assunto em análise ( ex: eliminação de resíduos tóxicos, exportação, co-inceneração, etc.).
  • Compreendo os prós e os contras das diferentes tecnologias num debate público.
  • Exploro as limitações tecnológicas e os possíveis desenvolvimentos na implementação de soluções mais convenientes.

Ciência:
  • Identifico argumentos de índole científica que estão na base de diferentes pontosde vista sobre o assunto em análise.
  • Compreendo que a argumentação científica utilizada não é suficiente parajustificar os pontos de vista em jogo.
  • Exploro a utilização da ciência pelos poderes em geral, como argumento de validação dos diferentes pontos de vista.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Síndrome de Turner (ST)

É uma mal formação cromossómica que afecta exclusivamente as mulheres. As pessoas com ST manifestam uma alteração genética em que está implicada a perda de um cromossoma X ou Y que ocorre durante a divisão celular.
A maioria das crianças é 45,X.
Estima-se que a incidência é de 1 em 2500 nados vivos do sexo feminino e cerca de 1/3 destas crianças são mosaicos, ou seja, têm ao mesmo tempo células normais e uma alteração do cromossoma X.

Considera-se ainda que esta patologia seja responsável por 15 a 20% dos abortos espontâneos e que em 99% dos fetos 45,X haja uma total inviabilidade do desenvolvimento intra-uterino.
Em Portugal ainda existe muito pouca informação sobre a doença. O estudo “Síndroma de Turner Revisitado”, do Serviço de Genética Médica do Hospital de Santa Maria, apoiado pela Serono, é a primeira investigação com doentes portugueses com ST em que foi feita uma completa avaliação psicológica.
O estudo permitiu concluir que a Síndroma de Turner tem uma evolução clínica mais favorável do que inicialmente se previa.
A maioria das mulheres afectadas demonstrará uma mediana capacidade de escolarização e adequada realização social, profissional e familiar.
Mas embora os resultados sejam positivos, também demonstram que existem uma falta de conhecimento sobre a doença por parte da população em geral o que provoca um sentimento de isolamento nas doentes. A criação de uma Associação que apoie doentes e família é uma necessidade apontada como fundamental por todas as doentes envolvidas no estudo.




Duas mil mulheres em Portugal são afectadas pelo síndrome de Turner (ST), revela um estudo ontem apresentado pela Serono Portugal. De acordo com a equipa de investigação existe, no nosso país, uma evolução clínica mais favorável do que a prevista, já que a maioria das mulheres afectadas demonstram uma mediana capacidade de escolarização e adequada realização social, profissional e familiar. Embora seja um resultado positivo, este primeiro estudo clínico e psicológico feito sobre a patologia que afecta cerca de 2000 mulheres em Portugal mostra também que existe a falta de conhecimento da população em geral sobre a doença, o que provoca um sentimento de isolamento nas doentes. A criação de uma Associação que apoie doentes e família e o diagnóstico precoce das anomalias são também outras necessidades apontadas como fundamentais por todas as pacientes envolvidas nesta investigação.
O estudo realizou-se com uma amostra de 25 doentes de diferentes regiões e grupos etários, apoiados pelo Serviço de Genética Médica do Hospital Universitário de Santa Maria. Os resultados mostram que, apesar das anomalias associadas, como o défice auditivo com repercussões na aprendizagem e a hipofunção ovárica que leva à infertilidade, as doentes com ST conseguem levar uma vida normal e lidar com situações problemáticas da vida como a população em geral.
O trabalho intitula-se Síndrome de Turner revisitado - novos aspectos Clínicos, Citogenéticos e Psicológicos e é assinado por A.Sousa, M.Ávila, A. Leonardo, A. Medeira, I.Cordeiro, MC Santos, M.Nicolau, J. Gonçalves, J Nunes, HG Santos.




A baixa estatura, imaturidade do desenvolvimento sexual e um pescoço curto em crianças do sexo feminino são as alterações mais características da ST, assim como as anomalias cardiovasculares.
A esperança média de vida e a capacidade intelectual é considerada normal.
A infertilidade afecta quase 95% das mulheres com o cariótipo 45,X e 75% das mosaico, 45,X/46,XX.
O risco de recorrência da Síndrome de Turner não aumenta em futuros filhos de um casal que já tenha uma filha com este síndrome.
No entanto, nas mulheres férteis com a ST (mosaicos) existe um risco de anomalias cromossómicas em futuros filhos e, como tal, deve ser proposto o diagnóstico pré-natal.
O diagnóstico desta patologia faz-se através do estudo cromossómico, sendo 1/3 destas doentes diagnosticadas no período neonatal, 1/3 na infância e as restantes na adolescência.
É importante a pesquisa de mosaicos, particularmente da linha celular XY, visto estes doentes apresentam um risco aumentado de 15 a 25% de tumores nos ovários.
Evolução

A baixa estatura torna-se mais notória na puberdade, altura em que se constata uma desaceleração do crescimento.
Os problemas associados à ST podem ocorrer nos sistemas ocular, auditivo, cardiovascular, linfático, urogenital e imunitário. Os doentes mosaicos têm habitualmente menos problemas, excepto aqueles em que a linha celular seja XY, devido ao aumento do risco de aparecimento de tumores.
As anomalias cardíacas, particularmente a coarctação da aorta e válvula aórtica bicúspida são frequentes. Mesmo não sendo clinicamente significativas, estas alterações podem estar associadas a aneurismas da aorta ou à aterosclerose. Subjacente, pode estar também uma predisposição para as anomalias vasculares, que no tracto gastrointestinal pode resultar em hemorragias. Também são mais frequentes as doenças auto-imunes, tais como o hipotiroidismo e diabetes mellitus.
Apesar de uma inteligência normal ou até acima do normal, estas crianças podem apresentar dificuldades na aprendizagem, particularmente no cálculo matemático, visualização espacial e na coordenação motora.



Sendo uma doença cromossómica, a ST não tem cura, mas muitos dos sintomas, como a estatura e a infertilidade, podem ser minimizados.
A administração de hormonas melhora a velocidade de crescimento e a estatura final do paciente.
A somatropina, a hormona de crescimento aprovada para a administração em doentes com ST, desempenha um papel chave para o indivíduo, não só durante a infância, como também nas restantes etapas da vida, contribuindo para o adequado crescimento e desenvolvimento da função metabólica.
A orientação precoce para a consulta de endocrinologia é importante, visto que, para além, dos problemas médicos que as doentes apresentam, estão também associadas questões comportamentais.
A infertilidade afecta a grande maioria destas mulheres. Embora a terapia com estrogénios não resolva o problema, pode levar ao desenvolvimento dos órgãos genitais internos e externos, caracteres sexuais secundários e menstruações.
Recorrendo a modernas técnicas de reprodução, as mulheres com ST podem engravidar através da doação de ovócitos.


A constituição cromossómica da ST mais constante é 45, X sem um segundo cromossoma sexual, X ou Y.
A constituição cromossómica da ST mais constante é 45, X sem um segundo cromossoma sexual, X ou Y. 50% dos casos possuem outros cariótipos. 1/4 dos casos envolve cariótipos em mosaico, nos quais apenas uma parte das células é 45, X. Essa anomalia é responsável 18% dos abortos espontâneos cromossomicamente anormais e está presente numa proporção estimada em 1,5% dos conceitos. O único X é de origem materna; ou seja, o erro meiótico é normalmente paterno. Apenas 40% das doentes com ST que engravidam conseguem dar à luz um bebé vivo e saudável.

Bibliografia

http://saude.sapo.pt/artigos/?id=645356
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Turnerhttp://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=2568&op=all

Trabalho Realizado Por: Ana Rita Fernandes

domingo, 13 de setembro de 2009

Doença Genética de Huntigton


Doença de Huntington


O que é?

A doença de Huntington é uma doença degenerativa que afecta o sistema nervoso central e provoca movimentos involuntários dos braços, das pernas e do rosto. Também é conhecida por "dança-de-São-Vito", termo popular, e por "Coreia de Huntington" (a palavra Coreia deriva do grego “dança”, que reflecte os movimentos característicos da doença). Estes movimentos são rápidos, involuntários e bruscos.
Trata-se de doença hereditária, causada por uma mutação genética, tendo o filho(a) da pessoa afectada 50% de probabilidades de a desenvolver. Se um descendente não herdar o gene da doença, não a desenvolverá nem a transmitirá à geração seguinte pois trata-se de doença autossômica dominante.





Qual é a origem desta doença?

O DH é causado pela alteração em um gene do Cromossoma-4. A alteração neste gene pode conduzir a desordens nas células em determinadas áreas cerebrais.
A doença transmite-se de pais para filhos, com um risco de 50 por cento. Se há alteração do gene num progenitor então qualquer criança (de sexo feminino ou masculino) tem 50 por cento de chance de herdar a doença. Se um indivíduo não tem este gene anómalo não o poderá passar para os seus filhos. A DH não salta uma geração.





Características da Doença


Os primeiros sintomas da DH geralmente surgem durante a meia-idade, ou seja, entre 35 e 55 anos. Em menos de 10 por cento dos casos, os sintomas aparecem antes dos 20 anos (denominada de doença de Huntington juvenil) e 5 por cento só têm sintomas por volta dos 60 anos.
A doença caracteriza-se por uma combinação de alterações motoras (movimento), emocionais (estado de humor) e cognitivas (raciocínio). Os sintomas da DH podem variar em extensão, gravidade, idade de manifestação e taxa de progressão de pessoa para pessoa, inclusive entre membros da mesma família.




Sintomas

Sintomas Emocionais: depressão, irritabilidade, ansiedade, apatia, explosões agressivas, impulsividade, mudança de humor e afastamento social. Às vezes ocorrem problemas psiquiátricos.

Sintomas Cognitivos: habilidade reduzida para organizar assuntos de rotina, ou para lidar com situações novas. A memória também pode ser alterada.

Sintomas Motores: inquietação, contracções musculares, agitação excessiva, a fala e a deglutição também podem ficar prejudicadas. Os movimentos em geral tendem a aumentar durante o esforço voluntário, stress ou excitação, e diminuir durante o descanso e o sono. Os sintomas aparecem entre as idades de 30 e 50 anos. Apenas em 5% das pessoas aparecem sintomas antes dos 20 anos (normalmente conhecida como DH juvenil).




Tratamento

Não existe cura para a doença de Huntington, embora os medicamentos costumem ajudar a aliviar os sintomas e a controlar as manifestações comportamentais.

Para as pessoas com antecedentes familiares da doença é importante o aconselhamento genético, assim como a realização de alguns exames para avaliar o risco da transmissão da perturbação aos seus filhos.




Bibliografia

www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/doenca-de
www.geocities.com/corea_huntington_99/flor.jpg
http://br.geocities.com/neurokidsbr/Huntington.html
www.notapositiva.com/.../doencassistnervoso.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Huntington



Trabalho realizado por: Sandra São Pedro