terça-feira, 1 de setembro de 2009

pertubações da glandula da tiroide


Perturbações da glândula tiróide

A tiróide é uma pequena glândula que mede cerca de 5 cm de diâmetro situada no pescoço sob a pele e por baixo da maçã-de-adão. As duas metades (lobos) da glândula estão ligadas na parte central (istmo), de tal maneira que parecem a letra H ou um nó de lacinho. Normalmente a glândula tiróide não se consegue ver e mal se pode palpar. Só no caso de aumentar de volume pode o médico palpá-la facilmente como uma protuberância proeminente (bócio) que aparece por baixo ou aos lados da maçã-de-adão.
A glândula tiróide segrega as hormonas tiróideas, que controlam a velocidade das funções químicas do corpo (velocidade metabólica). As hormonas da tiróide têm dois efeitos sobre o metabolismo; estimular quase todos os tecidos do corpo a produzir proteínas e aumentar a quantidade de oxigénio que as células utilizam. Quando as células trabalham mais intensamente, os órgãos do corpo trabalham mais depressa.
Para produzir hormonas tiróideas, a glândula tiróide precisa de iodo, um elemento que os alimentos e a água contêm. Esta glândula concentra o iodo e processa-o no seu interior. Quando as hormonas tiróideas se consomem, um pouco do iodo contido nas hormonas volta à glândula tiróide e é reciclado para produzir mais hormonas.
O organismo serve-se de um mecanismo complexo para ajustar a concentração de hormonas tiróideas presente em cada momento. Em primeiro lugar, o hipotálamo, localizado no cérebro sob a hipófise, segrega a hormona libertadora de tirotropina, a qual faz com que a hipófise produza a hormona estimulante da tiróide, ou tirotropina. Tal como o nome sugere, esta estimula a glândula tiróide para produzir hormonas tiróideas. Quando a quantidade de hormonas tiróideas circulantes no sangue atinge uma certa concentração, a hipófise reduz a produção de hormona estimulante da tiróide. Quando esta concentração diminui, aumenta a produção de hormona estimulante (mecanismo de controlo mediante retroalimentação negativa).
As hormonas da tiróide encontram-se em duas formas. A tiroxina (T4), que é a forma produzida na glândula tiróide, tem apenas um efeito ligeiro na aceleração da velocidade dos processos metabólicos do corpo. A tiroxina converte-se no fígado e outros órgãos numa forma metabolicamente activa, a triiodotironina (T3). Esta conversão produz aproximadamente 80 % da forma activa da hormona; os 20 % restantes são produzidos e segregados pela mesma glândula tiróide. Muitos factores controlam a conversão de T4 em T3 no fígado e nos outros órgãos, incluindo as necessidades do organismo em cada momento. A maior parte das formas T4 e T3 une-se a certas proteínas no sangue e é activa apenas quando não estiver ligada a elas. Deste modo singular, o organismo mantém a quantidade correcta de hormonas tiróideas, necessária para conservar uma velocidade metabólica estável.
Para que a glândula tiróide funcione normalmente, é necessário que muitos factores actuem muito estreitamente: o hipotálamo, a hipófise, as proteínas transportadoras de hormona tiróidea (do sangue) e a conversão, no fígado e nos outros tecidos, de T4 a T3.

Exames de laboratório

Para determinar a eficiência do funcionamento da glândula tiróide, utilizam-se vários exames de laboratório. Um dos mais comuns é o exame para medir a concentração da hormona estimulante da tiróide no sangue. Considerando que esta estimula a produção de hormona tiróidea, as suas concentrações no sangue são elevadas quando a glândula tiróide é pouco activa (e por isso precisa de maior estímulo) e baixas quando é hiperactiva (e por isso precisa de menor estímulo). Se a hipófise não funcionar de forma normal (embora isto raramente aconteça), o valor de hormona estimulante da tiróide, por si só, não reflectirá exactamente o estado de funcionamento da glândula tiróide e proceder-se-á então à medição do valor de T4 livre.
Localização da glândula tiróide
A medição da concentração da hormona estimulante da tiróide e da de T4 livre que circulam no sangue é, em geral, tudo o que é preciso. Contudo, também pode ser necessário determinar a concentração de uma proteína chamada globulina ligada à tiroxina, dado que os seus valores anormais podem conduzir à má interpretação da concentração total das hormonas tiróideas. As pessoas com insuficiência renal, algumas perturbações genéticas ou outras doenças ou que tomem esteróides anabolizantes apresentam valores mais baixos de globulina ligada à tiroxina. Pelo contrário, os valores de globulina ligada à tiroxina podem ser mais altos do que o normal em mulheres grávidas ou que tomem anticoncepcionais orais ou outras formas de estrogénios e nas pessoas que sofram os estados iniciais da hepatite ou também algumas outras doenças.
Alguns exames realizam-se na própria glândula tiróide. Por exemplo, se o médico se aperceber de um crescimento anormal desta, pode realizar-se uma ecografia (exame com ultra-sons); este procedimento utiliza ondas de som para determinar se o crescimento é sólido ou contém líquido. A gamagrafia da tiróide utiliza iodo radioactivo ou tecnécio e um dispositivo para reproduzir uma imagem que mostre qualquer anomalia física. A gamagrafia da tiróide é útil para determinar se uma zona da glândula funciona de maneira normal ou se é hiperactiva ou pouco activa, comparada com o resto da glândula.
Em raras ocasiões, quando o médico não está seguro de que o problema se encontra na glândula tiróide ou na hipófise, ordena exames de estimulação funcional. Um destes exames consiste em injectar uma hormona libertadora de tirotropina por via endovenosa e a seguir realizar as análises ao sangue pertinentes para medir a resposta da hipófise.

Diagnóstico é tardio nas doenças da tiróide

500 novos casos de cancro surgem no País, mas só 15% são fatais.
As doenças da tiróide são comuns a mais de 10% da população portuguesa, mas os sintomas e tratamento permanecem desconhecidos para grande parte dos afectados e até da classe médica. Segundo o endocrinologista Jácome de Castro, "ainda há um grande atraso do diagnóstico", apesar de estas doenças serem muito fáceis de tratar.
O desconhecimento por parte da população gera mesmo algum alarmismo sempre que se detecta um nódulo na tiróide - glândula que produz hormonas que regulam o metabolismo e afectam o funcionamento dos órgãos. "Cerca de 40% da população tem pequenos nódulos, mas apenas 10% têm de ser analisados. Destes, apenas 5% são malignos", explica o coordenador do grupo de estudos da tiróide. O cancro da tiróide afecta 500 novas pessoas a cada ano, um "número que tem crescido devido a um diagnóstico mais precoce", mas é fatal em apenas 15% dos casos.
Entre as mulheres registam-se quatro vezes mais casos de cancro do que nos homens, razão que leva o médico a lançar uma hipótese: "É possível que nas idades intermédias, as hormonas femininas tenham tendência para ajudar a desencadear o problema", uma vez que nas camadas mais jovens ou maduras os números sejam semelhantes nos dois sexos.
Se os casos malignos são uma minoria, doenças que alteram a função da glândula (situada no pescoço) são frequentes e bastante incapacitantes, além de difíceis de detectar. No caso do hipotiroidismo, em que a libertação de hormonas é insuficiente, é habitual "ganhar peso, ter baixa frequência cardíaca, irregularidades menstruais, obstipação e intolerância à dor". Já no hipertiroidismo, a situação é inversa: "intolerância ao calor, excesso de suor, irritabilidade, tremores e perda de peso", alerta o médico.
É o hipertiroidismo que gera maiores preocupações, porque "os doentes chegam tarde a nós. Já passaram por vários médicos devido aos vários sintomas". No caso de a pessoa ser nova, o atraso na detecção não é problemático, mas se a "pessoa tiver 50 ou 60 anos é perigoso. Pode ter uma insuficiência cardíaca, por exemplo". Entre as grávidas, qualquer uma das versões tem de ser acompanhada cuidadosamente.
Ontem, terminou um encontro internacional entre especialistas e doentes, iniciativa que visava promover o diagnóstico precoce, informar "clínicos gerais sobre estas áreas e dar-lhe normas orientadoras". Os doentes tiveram espaço para colocar dúvidas e conhecer fontes de informação ao seu alcance. Segundo o responsável, deve ser "criada uma associação de doentes", uma vez que esta iniciativa foi um sucesso.

Hipertiroidismo

Hipertiroidismo é uma doença da glândula tiróidea na qual a glândula produz em excesso as hormonas tiroidianas: tiroxina (T4), triiodotironina (T3) ou ambos. O excesso destas hormonas em circulação faz com que o organismo encontre-se com oferta excessiva destes. A hormona tiróide é importante a nível celular, afectando todo tipo de tecido no corpo humano.
Em excesso, ele tanto estimula em excesso o metabolismo quanto exacerba os efeitos do sistema nervoso simpático causando aceleração de vários sistemas corporais e sintomas que se parecem como uma sobredose de epinefrina (adrenalina. Podem ocorrer uma variedade de manifestações clínicas como taquicardia, perda de peso, nervosismo e tremores.
As principais causas do hipertiroidismo são a doença de Graves, a autonomia da tiróide e um aumento de hormonas tiroidianas como consequência de medicamentos.
Em casos extremos de uma crise de superfunção ameaçadora da vida fala-se de uma "crise tireotóxica" (sinónimo para tireotoxicose). O contrário do hipertiroidismo, a falta de hormonas tiroidianas, é conhecido como hipotiroidismo.

Sintomas

Sudorese
Intolerância ao calor
Diarréia

Sinais

Nervosismo
Hiperatividade ritabilidad
Ire aumentada
A glândula pode estar aumentada e ser palpável
Taquicardia
Depressão

Diagnóstico

É necessária a dosagem dos níveis séricos de TSH e T4. É comum o achado de níveis baixos de TSH associado a níveis normais de T4 (hipertiroidismo subclínico). No caso de hipertiroidismo por aumento de secreção de TSH (hipertiroidismo central, ou hipofisário) encontram-se níveis altos de T4 associado a níveis normais ou altos de TSH.


BIBLIOGRAFIA:
1 : htp://dn,sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=660373
2 :http://www.conhecersaude.com/adultos/3138-Hipertiroidismo .html
3 :http://www.conhecersaude.com/adultos3138-Hpertiroidismo-html
4 :Hipertiroidismo e Hipotiroidismo ht
5 :Perturbações da Glandula da tiróide
http://www.manualmerckNet/?url=/artigos/%3fid
%3D171%26cm D1331
IVONE LOPES

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